domingo, 17 de novembro de 2013

(Des)Abafo.

Poxa, e tudo passou tão rápido.
São 00:24, dia 18/11/13, segunda-feira. Para alguns pode parecer cedo, mas pra mim é tarde, tenho que dormir, afinal hoje eu trabalho, vou acordar às 5 e 45 como de costume.
Ainda me sinto estranho aqui, às vezes sempre me pergunto o que faço aqui e onde estou agora, às vezes nada faz sentido pra mim.
É complicado dizer como eu me sinto agora, é extremamente complicado dizer como me sinto.
Tenho alguns companheiros aqui sim, ainda crio confiança sobre eles.
8 meses e duas semanas que estou aqui.
8 meses e duas semanas e eu ainda não acredito no na atitude radical que tomei.
Me disseram que meu espírito envelheceu, o que talvez seja verdade, mas em 8 meses e duas semanas, tive de agir como se tivesse 30 anos. Várias e várias pressões psicológicas, vários e vários momentos difíceis.
Me sinto perdido neste maldito espaço, às vezes só a música é minha companheira, às vezes sinto medo de mim, às vezes peço para o mundo parar porque eu já não aguento mais.
Que lucidez mais imperfeita a minha, que saudade do meu passado, puts, que saudade.
Amanhã acordarei, pegarei meu livro, e irei trabalhar, talvez depois eu vá pegar metade do meu pagamento, afinal tenho contas, e minhas contas não são só financeiras, são contas comigo, são contas internas que eu tenho de pagar lutando contra o meu maldito ego e o meu maldito drama. Sempre tento levar isso tudo de cabeça erguida, mas uma hora teu pescoço cansa e tu não sabe mais o que fazer.
Só espero que eu ache uma saída, e que nessa saída tenha luz, não a luz que ofusca, mas a luz que guia.
Espero que o significado do meu nome não seja só mais um significado vago, mas que tenha força.
Minha cabeça dói agora, irei dormir.

00:36, 18/11/13.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Versos.

E aqui estão os versos que te prometi
E aqui estão as coisas que escondi
Estes singelos, vagarosos e sinceros versos
Não passam de palavras escritas
Frases feitas, de intenções subentendidas
No momento em que o mundo, pra mim, só gira em torno de você
Não há mais nada pra perceber, não há mais tempo pra perder
Que o mundo pra mim se resume em você, isso é verdade.
Que o mundo pra mim se resume em nós, isso é verdade.
Que a loucura de um ser lúcido como em um só, seja nós.
Talvez o maior pecado nosso seja não estarmos lado a lado
Talvez a maior tristeza nossa seja não poder sentirmo-(nus)
Que o além não esteja tão distante
Que a distância não esteja tão além
E as cores que berram incessantemente neste dia cinza, se transformem em arco-íris e que tragam em si todo o o seu amor.
Em paz ao teu lado eu espero estar
Em paz do teu lado, eu quero sempre ficar.

domingo, 29 de setembro de 2013

Me.

Faça-me ir além de mim
Faça-me flutuar além de todos
Faça-me mergulhar diante disto
Faça-me ir depois do fim
Faça-me voltar antes do começo
Faça-me
Use-me
Tenha-me.

Não há mais.

É difícil perceber coisas assim
É complicado sintetizar
É estranho explicar
Só deixar pra trás o que for pra ficar
Essa inquietante frustração dos sentimentos incrustados
Não há mais brilho do sol quando ela se vai
Não há mais brilho do sol quando ela se vai
Não há mais...
Não há mais...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A angústia pertinente de um ser.

Aquelas palavras de nada valem
Um ser que não sabe a imensidão do infinito
Estados falidos, não vão quebrar
Aquele céu azul que fica longe do mundo, mas ao mesmo tempo tão perto.
Esses clichês que não se encaixam mais, e essa moda que já ultrapassou a si mesma.
Sistema falido.

Certezas incertas.

E essa vida cheia de inexatas, de certezas incertas, com várias variáveis.
E quando isso chegará à algum lugar ? Como extinguir as dúvidas ? Como ter certeza?
Levamos uma vida que não nos leva à nada, levamos muito tempo pra descobrir, que não é por aí...
Tudo isso vai escorrendo das suas mãos como areia, tudo isso vai desaparecendo com intensidade, e tudo vira pó.
Pairando nessa imensidão, pairando na solidão, pairando, e nunca para de pairar.
E todos esses paradoxos onde se encaixam ? Com um pesar diferente, de uma maneira um pouco demente, ainda conseguimos sobreviver.

sábado, 20 de julho de 2013

Oh, chuva.

Chuva cai, e com ela cai os desejos passados e as angústias que nunca foram saciadas.
Com ela vai todas as formas de pensamentos levianos, toda a forma de poder.
Chuva escorre, e com ela escorre a tristeza e o medo do nada, com ela escorre a escória e a necessidade indigna de um ser.
Chuva vai, e vai além da imensidão do mundo, vai além da imensidão do horizonte, vai além da imensidão dos pensamentos.
Chuva sai, e com ela sai toda a forma de pudor.